(PDP, Plasma Display Panel) a tecnologia de painéis de plasma foi aprimorada no período de 10 anos após o início dos anos 2.000, tendo em vista o mercado da televisão de alta definição (HDTV). Posteriormente foram perdendo espaço para outras tecnologias mais baratas (LCD) ou melhores (OLED). Telas de plasma não são utilizadas em câmeras de vídeo, nestas somente são utilizadas telas dos tipos LCD ou OLED.

Displays de plasma são totalmente planos, possuem alta resolução, com excepcional reprodução de cores e são normalmente fabricados em proporções de tela diferentes das encontradas em CRTs, geralmente 16:9 (widescreen), proporção esta de imagem definida como padrão para HDTV. São também painéis finos, assim como os do tipo LCD, ocupando pouco espaço, uma vez que não é necessário nenhum volume atrás do mesmo, como nos aparelhos do tipo CRT (que precisam desse volume para os canhões de elétrons).

Displays de plasma utilizam substâncias gasosas (xenon e neon) contidas em células minúsculas, que agem como lâmpadas fluorescentes microscópicas, emitindo luz ao receberem energia elétrica. Cada célula é revestida em sua base interna por uma substância (fósforo) que emite luz ao ser estimulada por algum tipo de radiação, como o feixe de elétrons (no CRT) ou a radiação ultravioleta (como no célula de plasma). Esta radiação ultravioleta é liberada pelos gases contidos na célula quando os mesmos recebem eletricidade. Portanto, ao contrário do painel do tipo LCD para uso em displays, o painel de plasma emite luz própria e não necessita iluminação por trás.

As células em um display de plasma são arranjadas em uma matriz de milhares de pontos (uma tela com diagonal medindo 106 cm pode possuir 1 milhão de células). O fósforo que recobre internamente cada célula é colorido, em 3 tipos de cores, vermelho, verde e azul, as cores básicas do sistema RGB . Cada conjunto de 3 dessas células emtindo luzes em cores diferentes representa um pixel da imagem. Variando-se a intensidade da corrente elétrica aplicada a determinada célula varia-se também a intensidade do seu brilho; com isso é possível dosar a quantidade de luz emtida em cada uma das 3 células do pixel, obtendo-se com isso todas as cores necessárias para representar uma determinada imagem. O desenho abaixo esquematiza um painel de plasma:

A letra (a) mostra a parte traseira do painel, constituído geralmente de plástico ou metal e que serve de suporte ao display. O display de plasma é montado no interior de duas placas de vidro (b) e (h). A letra (e) mostra o painel de células coloridas que fica no centro do display. Sobre as mesmas existem duas grades de condutores elétricos, uma de cada lado. A que fica do lado traseiro do painel é chamada address electrodes (d) e a que fica na parte frontal display electrodes (f). Na vista frontal - desenho à direita - é possível ver as grades: a frontal, representada pela cor amarela no desenho e a traseira, representada pela cor laranja. A grade frontal possui barras horizontais e a traseira, barras verticais. No desenho do painel é mostrada a vista em corte, por isso a grade amarela aparece seccionada.. A grade frontal é confeccionada com um material condutor transparente (óxido de liga de índio-estanho, conhecido como ITO - Indium-Tin oxide) para não atrapalhar a visão da imagem. Os elétrodos desta grade ficam embutidos dentro de uma placa transparente de material isolante.

Entre o painel de vidro traseiro (b) e a grade address electrodes (d) existe uma camada de material protetor (c). A grade display electrodes (f) é recoberta por uma camada protetora de óxido de magnésio (g).

No desenho da direita (display visto de frente) vê-se as duas grades (j) condutoras, a traseira (address electrodes, vertical) e a frontal (display electrodes, horizontal e transparente) e 3 células (i), representando um pixel, entre as grades.

O microprocessador associado ao painel envia energia elétrica individualmente a cada célula, fazendo isto milhares de vezes por segundo, célula a célula para criar a imagem. Na realidade, o sinal de vídeo é decodificado pelo processador que 'desenha' as linhas sobre as células de maneira análoga à que acontece no CRT.

As células não necessariamente coincidem com os pixels a serem representados na imagem. E representar um pixel por várias células é melhor do que ter o tamanho da célula maior do que o do pixel - perde-se em resolução.

A Fujitsu foi a primeira empresa a comercializar telas de plasma em 1997, desenvolvidas utilizando tecnologia criada inicialmente pela IBM 25 anos antes.

Ao contrário dos displays LCD, que possuem ângulo de visão inferior ao dos CRT, os displays de plasma possuem ângulo de visão ainda maior do que o dos CRTs (160 graus). Um dos motivos é devido ao fato de cada célula ser iluminada individualmente (no LCD existe uma iluminação geral traseira). Este fato também confere grande brilho à imagem e facilita a confecção de telas planas com dimensões maiores do que as de LCD. Quanto à qualidade da imagem, a mesma fica bem próxima à dos melhores aparelhos do tipo CRT.