( Organic Light-Emitting Diode) tipo de LED onde a luminosidade é obtida através da eletricidade que percorre determinados tipos de compostos orgânicos (fenôneno denominado eletroluminescência). Painéis para exibição de imagens, semelhantes aos do tipo LCD podem ser construídos utilizando OLEDs e são conhecidos como telas OLED. São formados por uma camada extremamente fina de compostos orgânicos, disposta em uma matriz de minúsculos pontos (pixels, como recheio de um sanduíche formado por dois condutores elétricos, o cátodo e o ânodo. Quando um determinado valor de corrente elétrica (geralmente muito baixo, entre 2 a 10V, resultando em baixo consumo) é fornecido para os condutores, as camadas emitem luz.

Ao contrário das telas do tipo LCD, telas OLED não necessitam iluminação traseira, pois o próprio painel emite luz (nas telas LCD, a camada de cristal apenas deixa ou não a luz passar, mas não emite luz própria. Desta forma, ou o painel reflete a luz frontal que o atinge - painel de relógio digital simples por exemplo (LCD refletivo) - ou emite a luz colocada atrás do mesmo - painel de celular simples por exemplo (LCD transmissivo), quando o celular é "ligado"). Também, ao contrário do LCD, possuem resposta rápida a imagens de vídeo com muita movimentação, além de serem mais leves, mais brilhantes, mais resistentes a extremos de temperatura e mais duráveis. Nas aplicações para vídeo levam vantagem sobre o LCD em relação ao consumo total de energia por dispensar a iluminação traseira.

Da mesma forma que o painel LCD, também o painel OLED pode ser montado de duas formas: matriz ativa (PM OLED) e matriz passiva (AM OLED).

No primeiro caso (PM - Passive Matrix OLED) um painel OLED é montado através da junção de dois subpainéis, um deles formado por "colunas" do material orgânico e o cátodo e o outro formado por "linhas" correspondentes ao ânodo, em um tipo de montagem semelhante ao utilizado no painel de plasma (intersecção de linhas / colunas). O encontro de cada linha-coluna determina um pixel, que é ativado, emtindo luz, quando recebe a energia distribuída pela correspondente linha / coluna (coordenadas) através de um circuito elétrico externo ao painel. A velocidade de acionamento dos pixels não é tão alta quanto no painel OLED de matriz ativa, mas o custo de fabricação deste tipo de painel é mais baixo. Assim, são indicados para exibição de textos e símbolos (ícones) em pequenos painéis de instrumentos.

No segundo caso (AM - Active Matrix OLED) um painel OLED já pronto é montado sobre uma camada adicional traseira, contendo um circuito eletrônico utilizado para ligar / desligar seus pixels - cada pixel é ativado diretamente por este circuito. A transmissão elétrica para os pixels é muito eficiente, graças à tecnologia empregada nessa camada adicional, denominada LTPS - Low Temperature Polysilicon. O fato do controle de ativação dos pixels estar ao lado dos mesmos, na verdade célula a célula, faz com que o custo e o peso total desse tipo de painel seja menor. Além disso, a velocidade de ativação / desativação dos pixels é maior do que a do painel OLED do tipo matriz passiva, indicando este tipo de painel para aplicações de imagens em movimento, como o vídeo por exemplo.

Pequenas telas OLED estão presentes em mostradores de painéis de alguns modelos de automóveis, telefones celulares, mp3 players e outros dispositivos. Telas um pouco maiores podem ser empregadas no lugar de telas LCD em visores de câmeras fotográficas e de vídeo. A tecnologia evoluiu muito na construção de telas maiores, competindo inicialmente e posteriormente superando totalmente as tecnologias LCD e plasma nos monitores de vídeo.