o sinal de vídeo é gerado a partir da leitura sequencial, da esquerda para a direita e de cima para baixo, da intensidade da voltagem de cada ponto do chip sensor ( CCD ) onde a imagem é projetada através das lentes da câmera. Quanto maior a intensidade de luz em determinado ponto, maior a voltagem produzida pelo mesmo, ou seja, existe uma analogia direta entre o brilho da imagem e a voltagem produzida, por isso o sinal é dito analógico.

No sinal digital esta analogia também existe, porém não é direta: o sinal é dividido em trechos com mesmo tamanho e para cada trecho é calculada a média da intensidade da voltagem, sendo posteriormente o número obtido codificado no formato de número binário (sistema de numeração que só possui 2 algarismos - o '0' e o '1' ) e assim gravado por exemplo em uma fita do tipo DV. O sinal analógico por outro lado é gravado em uma fita do tipo VHS por exemplo, com todas as milhares de variações de voltagem obtidas.

O processo de gravação / transmissão de sinais elétricos é sempre sujeito a várias interferências e perdas, que aumentam e se propagam quando o mesmo é copiado de um meio a outro (degradação da imagem). A grande vantagem que o sinal digital tem sobre o analógico é o fato destas perdas poderem ser virtualmente eliminadas. Assim por exemplo, se os '1's e '0's forem representados por voltagem 1V e 0V, é muito fácil um circuito eletrônico reconstruir um sinal que chegou a seu destino como 1 - 0 - 0,8 - 0,3 - 1 - 1 ao invés de 1 - 0 - 1 - 0 - 1 - 1 (houve danificação e o '1 V' chegou como '0,8 V', assim como o '0 V' chegou como '0,3 V') pois sabe-se que o sinal só pode ser 0 ou 1 V, então 0,8 é 'consertado' para 1 e 0,3 para 0 .

No entanto é impossível fazer o mesmo com o sinal analógico, pois os milhares de valores diferentes de voltagem são gravados diretamente na fita.

O formato digital beneficia-se em qualidade ao digitalizar o sinal assim que o mesmo é gerado no CCD: deste ponto em diante as perdas serão praticamente nulas.