processo de keying de imagens para gerar imagens sobrepostas, onde o recorte da imagem a ser "colada" sobre a outra baseia-se em uma cor específica desta imagem. Após escolhida, esta cor é tornada transparente em cada pixel da imagem onde a mesma estiver sendo empregada. Na realidade, para uma determinada cor existe uma infinidade de tons possíveis e no processo de cromakey a tonalidade escolhida deve ser exatamente a mesma do fundo atrás do objeto ou pessoa. Embora possa ser feito com qualquer cor (como o laranja por exemplo), o efeito geralmente é melhor realizado se a cor a ser tornada transparente for uma das cores básicas do sistema RGB (Red, Green, Blue). O desenho abaixo ilustra o efeito de cromakey realizado com a cor verde:

Como o processo baseia-se, para o sucesso do recorte, no fato de que a cor a ser tornada transparente não exista no objeto / pessoa a serem recortados, normalmente para pessoas não é escolhida a cor vermelha, pois esta, em maior ou menor grau, é componente da pele das mesmas. Por outro lado, para objetos, qualquer uma dessas cores pode ser empregada como fundo, norteando-se a escolha da cor a existência ou não de tonalidades desta sobre o objeto em primeiro plano. Estúdios costumam ter painéis fixados sobre rodízios, onde um dos lados contém a cor verde e o outro a cor azul.

Para o cromakey feito em vídeo, a cor que produz melhores resultados com pessoas é a cor verde. O azul possui vantagens, como o maior contraste com os tons de pele, mas permite falhas no processo, por exemplo se a iluminação for proveniente da luz solar, cuja temperatura de cor tende para o azul. Neste caso o objeto / pessoa em primeiro plano passará a apresentar em algumas partes esta cor, condição para que esses pixels sejam tornados (erroneamente) transparentes. Outro motivo para escolha da cor verde é que a mesma participa em maior proporção nas informações de cores obtidas do sinal RGB, quando o sinal YUV é obtido a partir do mesmo, permitindo um recorte mais preciso.

É fundamental para o sucesso do efeito a técnica de iluminação (iluminação para keying) empregada, iluminação esta que permitirá fazer o recorte com precisão ao destacar nitidamente os objetos / pessoas recortados de seus respectivos fundos.

Este recorte no entanto nem sempre é livre de problemas. Imperfeições aparecem principalmente nas bordas da imagem recortada e diversas providências podem eliminá-las totalmente ou suavizá-las / disfarçá-las ao máximo. Uma delas é o ajuste fino da tonalidade de cor escolhida, feito no programa de edição. Outras providências são fazer com que a roupa utilizada pela pessoa não possua nenhuma parte em tom parecido com o fundo e evitar contornos "complicados". Estes últimos referem-se por exemplo a fios soltos de cabelo por exemplo; ao invés disso, os cabelos quando longos devem estar presos e de preferência com os fios fixos com algum tipo de gel. Esta providência ajuda a melhorar o recorte, principalmente em sistemas digitais que possuem resolução para detalhes menor, como os da família DV por exemplo. A ilusão do telespectador também funciona: se o fundo é bem movimentado e colorido e o primeiro plano praticamente estático ou com poucos movimentos, sua atenção será desviada para o fundo e não para as "emendas" das duas imagens.

Os formatos digitais da família DV, como o Mini-DV e Digital-8 por empregarem uma taxa de compressão onde o componente cor (cromitância) tem uma proporção (sampling) quatro vezes menor do que o de luminosidade (luminância), podem apresentar defeitos nas bordas da imagem sobreposta. Esses defeitos são causados pela baixa resolução, como visto acima, do componente cor na imagem: o contorno formado por este componente não é uniforme e preciso como ocorre para o componente luminosidade. O sampling a 4:1:1 faz com que a resolução do componente cor seja formada em blocos de 4 pixels, na forma de quadrados 2x2, ao passo que o componente luminosidade atual individualmente pixel a pixel. Assim, uma determinada cor é sempre a mesma dentro de cada um desses blocos, o que faz com que a resolução precisa na cor dos contornos seja perdida. Para o expectador que vê as imagens isso é praticamente imperceptível (o olho humano enxerga luminosidade com mais precisão do que cor), não havendo problema em ter-se somente cerca de 180 desses blocos coloridos de maneira individual por linha de 720 pixels. Porém, no momento de se retirar a cor escolhida para o keying essa baixa resolução de cor no contorno pode tornar-se aparente na forma de contornos serrilhados, quando o bloco inteiro de pixels é tornado (incorretamente) invisível.

Como alternativa, o keying pode ser feito empregando um formato analógico (formatos analógicos não comprimem o sinal) ou um formato digital com menor taxa de sampling (como o Digital Betacam por exemplo, com 4:2:2). Outras alternativas incluem fazer o processo em diversas passagens no computador, variando ligeiramente em cada uma delas a tonalidade de cor escolhida.

Recursos de programas específicos para efeitos (como o After Effects) podem ser empregados para corrigir algumas falhas, permitindo por exemplo montar uma máscara a ser colocada sobre os olhos azuis de uma pessoa (impedindo-os de tornarem-se transparentes na fase de recorte). Ou usar o recurso Feather (que suaviza a linha dos contornos das imagens) disfarçando com isso os trechos com aspecto serrilhado.

Outra alternativa ao problema é trocar o uso do cromakey pelo lumakey, embora esta não seja a alternativa melhor indicada para todos os casos.

Alguns programas de edição também permitem a correção de imperfeições no fundo, causadas principalmente por má iluminação (iluminação não uniforme). Este fato faz com que o fundo apresente áreas mais claras e áreas mais escuras. Uma solução seria informar ao programa que fará o recorte um intervalo (range) maior aceitável de tons de verde. Porém, quanto maior este intervalo, menos preciso será o recorte. Nos programas que permitem a correção, basta colocar o cursor sobre as áreas mais escuras ou sobre as áreas mais claras e solicitar para que a imperfeição seja ignorada. O programa tratará essas áreas como as demais, corretamente iluminadas.

A técnica de cromakey exige que todo o fundo (atrás de uma pessoa que fala para a câmera por exemplo) seja preenchido pela cor a ser recortada - isto se for desejada a sobreposição somente dessa pessoa sobre outro fundo qualquer. Assim, tradicionalmente o fundo deve ser suficientemente grande para preencher todo o quadro, ou então o enquadramento feito a partir da câmera deve ser suficientemente próximo para da mesma forma preencher todo o espaço atrás da pessoa. No entanto, é possível trabalhar com uma situação diferente dessas, onde o fundo não necessariamente precise preencher o quadro todo e ainda assim conseguir-se realizar o efeito cromakey, através de funções que "esticam" o fundo, presentes em diversos programas de edição-não-linear.

Através dessa técnica é possível apontar ao programa a cor desejada para o fundo (que deve existir pelo menos nas proximidades da pessoa); a partir dessa informação todo o restante do quadro ao redor da pessoa é preenchido, como exemplifica a figura abaixo: