é o nome dado genericamente ao fluxo intenso de corrente elétrica que se forma entre dois eletrodos energizados com alta voltagem, colocados próximos um do outro. No arco voltaico tradicional de carvão, dois eletrodos deste material são colocados em contato e a seguir, lentamente, ligeiramente afastados. Dependendo da intensidade da voltagem aplicada, na situação de afastamento forma-se um arco extremamente brilhante entre os eletrodos. Esta luz, durante algumas décadas (desde 1801) foi considerada a mais poderosa luz disponível, sendo empregada em projetores de cinema e iluminação de shows e teatros (como canhão de luz). Em estúdios de cinema, tornou-se opção aos estúdios recobertos de vidro ou sem teto da época e ao mesmo tempo solução para tomadas internas com a baixa sensibilidade das películas existentes.

Como os eletrodos ficam desprotegidos (e não contidos em ampolas de vidro p.ex.), a produção de luz também consome, pela queima, pouco a pouco os eletrodos de carvão, que tem que ser continuamente ajustados através de pequenos motores elétricos. A partir de determinado ponto, necessitam ser trocados. Por este motivo, necessitam de um operador para acompanhar seu funcionamento. Arcos de carvão funcionam em corrente contínua (DC, Direct Current) consumindo grande quantidade de energia, normalmente fornecida por geradores. Tem como característica o fato (inexistente em outros tipos de lâmpadas) de poderem ser balanceados sem o uso de gelatinas: as varetas de carvão podem ser de dois tipos, gerando luz do tipo luz do dia (carvão white-flame) ou do tipo tungstênio (carvão yellow-flame).

Atualmente em desuso, seu conceito foi no entanto aproveitado e aperfeiçoado para uso em lâmpadas do tipo descarga (HMI e xenônio por exemplo), onde o arco é gerado dentro de uma pequena ampola ou tubo de vidro.