(processo utilizado antigamente, com edição em fitas) quando os botões PLAY ou REC são acionados em uma câmera de vídeo ou VCR que utiliza fita, uma série de procedimentos mecânicos passa a ocorrer para que a mesma passe a se deslocar pelas cabeças de áudio e vídeo na velocidade correta para que a leitura / gravação possa ser feita. Micromotores acionando roletes e pinos guia e de tração e o motor principal gastam alguns segundos para fazer com que a fita atinja a velocidade desejada.

No processo de edição de vídeo (tanto linear como não-linear), ao localizar-se o início de uma determinada cena que se deseja copiar para outro vídeo (na edição linear) ou capturar para o computador (na edição não-linear) e teclar-se STOP (ou mesmo PAUSE), o acionamento subsequente do PLAY não ocasionará o reinício instantâneo da reprodução do conteúdo da fita. Em decorrência da inércia da fita e de todo o mecanismo, alguns segundos (frações de segundo em equipamentos digitais) serão decorridos até que a fita atinja novamente a velocidade correta para sua leitura poder ocorrer e com isso o ponto exato desejado de início da cena será ultrapassado.

A técnica do preroll permite contornar o problema: a fita é retrocedida (RW - Rewind) durante alguns segundos para trás do ponto desejado para início da cópia / captura, voltando a seguir novamente para o modo PLAY. Com isto, alguns segundos antes do ponto de início passar pelas cabeças de leitura a fita atinge a velocidade correta, o que garante que o sinal será lido sem problemas.

O tipo de retrocesso utilizado não passa pelo modo STOP antes de ser efetuado o RW e pode ser acionado manualmente na maioria dos equipamentos: trata-se do modo de avanço / retrocesso com imagem. A operação pode ser acionada ao teclar-se e manter-se pressionado RW enquanto a câmera ou VCR encontra-se no modo PLAY. Este preroll manual pode ser utilizado ao capturar-se para o computador um vídeo de um equipamento analógico. No entanto o preroll automático é muito mais preciso.

Na edição linear um equipamento denominado controlador de edição (que pode também ser um circuito embutido dentro da própria câmera ou VCR analógicos) recebe as indicações de localização das cenas a serem copiadas através do Timecode de início das mesmas. O controlador, ao localizar o início da cena, envia para a câmera ou VCR ordens para efetuar o preroll (RW com PLAY); quando o trecho em questão na fita passa novamente pelas cabeças, tem início a cópia.

No modo mais simples de edição linear (denominado R.A.Edit - Random Assemble Editing), em resposta a uma pequena lista de cenas selecionadas através de in.s / out.s (com precisão máxima de HH:MM:SS) um controlador embutido na câmera faz o preroll em sua fita e libera o PAUSE do VCR destino comunicando-se com o mesmo através de um sinal especial de controle (protocolo de controle de edição) denominado syncro-edit, que trafega através de um cabo da câmera ao VCR. Em modos mais elaborados de edição linear, o preroll é comandado pelo controlador de edição, que se comunica com a câmera através de protocolos de edição como o Control-L, Control-M, RS-232, etc...

Na edição não-linear utilizando como origem sinal analógico, a placa de captura geralmente não se comunica com a câmera / VCR, apenas recebe seus sinais (não utiliza por exemplo o conector Control-L, presente em várias câmeras digitais e utilizado para controle remoto via fio de diversas operações da câmera). Assim, torna-se necessária sua operação manual e não existe preroll automático.

Na edição não-linear utilizando como origem sinal digital, a placa de captura comunica-se com a câmera / VCR através do cabo FireWire, que propicia comunicação nos dois sentidos (câmera / VCR para micro e vice-versa). Neste caso existe o preroll, controlado automaticamente pelo programa de edição.