(Motion Picture Experts Group-4) padrão criado pelo grupo MPEG para compressão de imagens de áudio e vídeo previamente digitalizadas. O padrão MPEG4 começou a ser concebido em julho de 1993, tendo sido aprovado como padrão internacional em 2000. Vários vídeos transmitidos pela Internet fazem uso deste padrão, assim como telefones celulares que utilizam imagens. Também é utilizado em diversos padrões de transmissão de TV digital, especialmente os de alta definição (HDTV) em sua versão AVC, como visto adiante. Assim como o padrão MPEG1 e MPEG2, o MPEG4 permite o uso de diferentes "profiles", estabelecendo valores diversos de taxas de compressão, conforme a aplicação a ser efetuada (em outras palavras, tem-se um mesmo padrão sendo utilizado para comprimir mais ou comprimir menos o conteúdo original). No entanto, ao contrário do MPEG2, cuja qualidade é mais ou menos fixa em torno do padrão DVD-Video de qualidade, para o MPEG4 essa variação é bem maior: uma gama muito grande de valores pode ser utilizada, permitindo a visualização das imagens do vídeo não importando a capacidade do meio de transmissão (Internet de banda larga ou linha discada por exemplo). É por este motivo, entre outros, que sistemas de transmissão de HDTV o tem escolhido como padrão de codificação, como alternativa ao MPEG2.

O esforço computacional despendido na manipulação de vídeos no formato MPEG4 é ainda maior do que o exigido no formato MPEG2, o que exige um hardware também mais potente. O MPEG4 é um padrão mais avançado do que o MPEG2: além da melhoria nos processos de compressão, que se traduzem em arquivos comprimidos com tamanho muito menor sem perda aparente de qualidade, permite também o uso de outros tipos de mídia interagindo com o vídeo (como textos e fotos digitais por exemplo), acionados através de menus inteligentes. Estes menus, ao contrário dos menus de DVDs de filmes por exemplo, que ao serem acionados são sempre mostrados ocupando toda a tela com o aparelho retornando ao início do disco, podem ser exibidos da forma que o criador do vídeo quiser - embutido dentro da tela de um laptop que surge durante o filme por exemplo. Isso porque a interatividade não é dependente do aparelho reprodutor do vídeo, e sim faz parte do próprio vídeo, seus comandos são codificados juntamente com as imagens e não em um capítulo separado dedicado ao menu.

MPEG4, assim como MPEG1 e MPEG2, são na verdade nomes dados a um conjunto de diversos tópicos denominados "parts". Cada parte aborda um aspecto diferente do padrão. Assim por exemplo, no MPEG4 a parte 1 descreve a sincronização de áudio e vídeo, a parte 2 o processo de compressão das imagens, a parte 3 o processo de compressão do áudio, a parte 4 procedimentos para verificar a conformidade de determinada amostra com outras partes do padrão, a parte 5 software para demonstrar e ilustrar determinadas partes do padrão e assim por diante. A parte 10 do padrão foi incluída quando uma versão mais otimizada da parte 2 (compressão de vídeo) foi desenvolvida. Esta parte recebeu o nome AVC (Advanced Video Coding). Também ficou conhecida como H.264, porque este foi o nome dado pelo grupo Video Coding Experts do ITU-T (International Telecommunication Union), que o desenvolveu conjuntamente com o grupo MPEG.

A organização ISO (International Standards Organization) definiu em 2002 o programa QuickTime da Apple como padrão para distribuição de conteúdo de vídeo em MPEG4. A resolução horizontal obtida após a compressão é variável, podendo ser ajustada para diversos níveis de qualidade, desde ligeiramente inferior à do formato VHS até equivalente à do formato DVD. A compressão utilizada é do tipo multi-frame.