(Neutral Density) este tipo de filtro não altera a temperatura de cor da luz que atinge o CCD: ele apenas reduz sua intensidade, permitindo melhorar a imagem onde porções da mesma ficam superexpostas devido ao excesso de luz, como na praia (luz refletida pela areia) , neve ou em locais abertos em dias muito ensolarados. Algumas câmeras do segmento semi-profissional possuem um ou dois destes filtros embutidos internamente em suas lentes, podendo ser deslocados para se posicionarem ou não no caminho dos raios de luz através do acionamento de um botão no corpo da câmera. Neste caso, geralmente o circuito eletrônico da câmera emite um aviso através do visor indicando a necessidade ou não da ativação destes filtros, conforme o nível de superexposição da imagem.

Uma utilização importante no entanto deste tipo de filtro é a possibilidade de se controlar a profundidade de campo da imagem. Este controle é feito de maneira indireta, aproveitando-se do controle automático de exposição da câmera: ao ser colocado o filtro sobre a objetiva, a quantidade de luz que atinge o CCD é reduzida; o controle automático então aumenta a abertura do diafragma para permitir a entrada de mais luz. Como a profundidade de campo diminui com o aumento da abertura, consegue-se com isto desfocar o fundo da imagem em relação a um objeto ou pessoa em primeiro plano. Um exemplo comum de utilização deste recurso é em retratos, para concentrar a atenção no rosto da pessoa ao invés de no fundo atrás dela.

Existem filtros ND em diversas graduações de intensidades de bloqueio da luz: "ND1", "ND2", "ND3". O tipo "ND1" reduz a quantidade de luz que atinge o CCD pela metade. O tipo "ND2" deixa passar 4 vezes menos luz e o "ND3" 8 vezes menos luz. Uma outra nomenclatura utiliza números do tipo " .3 " , " .6 " , etc... para indicar o poder de bloqueio de luz proporcionado pelo filtro: um filtro do tipo "ND .6" por exemplo bloqueia duas vezes mais luz do que outro do tipo "ND .3".