(caixa estanque) acessório que permite a gravação subaquática; além de ser resistente à água, possui estrutura própria para resistir às altas pressões exercidas pela água nestes locais, tanto maiores quanto mais profundos são os mergulhos. Existem vários modelos, entre os quais os destinados especificamente a determinado modelo de câmera e os genéricos, que se adaptam a diversos modelos de um determinado tamanho aproximado de câmera. Os estojos são construídos geralmente em material sintético resistente às forças de pressão exercidas pela água, como Plexiglas ou Lexan por exemplo. Em sua parte frontal existe uma janela, através da qual a imagem é registrada pelas lentes da câmera, construída com vidro grosso com tratamento óptico. O vidro tratado opticamente é necessário para corrigir as distorções causadas pela refração dos raios de luz dentro da água, que faz com que os objetos aparentem serem cerca de 30% maiores do que realmente são e estarem cerca de 25% mais próximos do que realmente estão.

Normalmente a câmera é instalada através de uma tampa na parte frontal do estojo, que depois é fechada e vedada hermeticamente através de um anel de borracha ou silicone, localizado entre a tampa e o corpo do estojo. Geralmente possuem controles externos que acionam internamente funções básicas da câmera, como ligar, desligar, controlar o zoom e o foco por exemplo. Existem dois tipos de acionamento, mecânico e eletrônico.

No primeiro caso o estojo é transparente em quase toda sua extensão, para permitir a observação de seus controles internos. O acionamento dos botões e dos anéis da objetiva é efetuado através de pequenos braços e alavancas articulados que transferem para os mesmos os movimentos efetuados em alavancas localizadas do lado externo do estojo. Os movimentos são transferidos para os controles da câmera através do contato das extremidades das alavancas, revistidas com material emborrachado. Anéis de vedação perfeitamente ajustados impedem a entrada de água através destes locais de manipulação, localizados no corpo do estojo. Na parte externa, as alavancas possuem terminações grandes, para possibilitar o manuseio através das luvas de neoprene.

No segundo caso o estojo não precisa ser transparente em sua maior parte. Botões localizados externamente ao estojo, ao serem acionados, enviam impulsos elétricos para um chip localizado no interior do estojo, que traduz os sinais em códigos de acionamento entendidos pela câmera. Estes sinais são levados até a mesma através de um cabo interno ao estojo, conectado a uma entrada da câmera destinada a receber sinais de controle de acionamento de suas operações básicas (ligar, desligar, transporte da fita, etc...).

Alguns modelos permitem o encaixe de filtros. Neste caso são utilizados principalmente os que reforçam cores quentes como vermelho e laranja, cores estas que tendem a desaparecer nas gravações submersas: à medida que a profundidade aumenta, os tons dominantes de cores passam a ser cinza e azul. Como opção, podem ser utilizados os mesmos filtros, porém instalados na objetiva da câmera ao invés de externamente ao estojo.

Estojos deste tipo possibilitam, conforme o modelo, levar a câmera de alguns metros até a cerca de 40 metros abaixo do nível da água, dependendo de sua maior ou menor resistência à pressão. Alguns tipos de estojos possuem um microfone subaquático incorporado ao mesmo, permitindo o registro dos sons existentes nestes locais. Neste caso, na parte interna do estojo existe um cabo com plug na ponta, conectado ao microfone. Este plug é então conectado à entrada de microfone externo da câmera. Na maioria dos casos no entanto, o próprio microfone embutido da câmera, embora localizado dentro do estojo, é suficiente para se obter um registro claro dos sons subaquáticos.

Também é possível, dependendo do modelo, acoplar ao estojo iluminação própria (luz e baterias): à medida que a profundidade aumenta, a iluminação natural vai diminuindo, além de ocorrer o problema de perda de cores quentes citado acima. A iluminação artificial permite recuperar as tonalidades de cores perdidas, além de melhorar a definição e qualidade da imagem (exigindo menor amplificação automática do sinal pela câmera) além de permitir também gravações em mergulhos noturnos.

Opcionalmente alguns estojos possuem sensores de alarme de condensação em seu interior, fato que pode ocorrer quando o mesmo é levado de um ambiente muito frio para um muito quente e úmido por exemplo.

O controle do que está sendo gravado é efetuado através do viewfinder próprio da câmera ou do visor LCD, se a mesma possuir um. Neste caso, o visor LCD é aberto e totalmente dobrado para fora, ficando rente à câmera, para permitir o encaixe do equipamento dentro do estojo.

A figura abaixo mostra alguns modelos de estojos da Sony para pequenas profundidades (em torno de 2m):

É possível observar as janelas frontais de vidro por onde a imagem é captada pela objetiva. A câmera é introduzida no estojo pela tampa localizada na parte traseira do mesmo e o acionamento dos controles é eletrônico. Nos dois estojos laterais (figuras da esquerda e direita) é possível a gravação com o uso do LCD. Neste caso, a câmera é introduzida no estojo com o LCD aberto e virado para o lado externo. Os estojos citados possuem em sua parte externa uma estrutura semelhante à do visor LCD, que no entanto é um espelho para possibilitar a visualização da imagem exibida pelo LCD da câmera dentro do estojo.

A figura abaixo mostra alguns estojos da Ikelite para mergulhos a profundidades maiores:

Mais sofisticados, estes estojos possibilitam a instalação de acessórios (como filtros) do lado externo da janela frontal. O acionamento dos controles é mecânico, o que pode ser observado tanto no modelo da esquerda quanto no da direita (pequenos cilindros com listras vermelhas do lado externo do estojo). Manoplas laterais facilitam o manuseio subaquático do equipamento, que permite ainda a instalação de baterias sob sua base inferior, para acionar refletores instalados opcionalmente no estojo.