(dica histórica, que mostra a evolução dos equipamentos e as limitações existentes na época do uso de fitas em câmeras). O processo de transporte da fita de vídeo através das cabeças de gravação e leitura é completamente diferente do que ocorre com uma fita cassete de som. Dentre as várias diferenças, a principal é que, enquanto no equipamento de som a fita se movimenta sobre uma cabeça estática, no equipamento de vídeo a fita se movimenta sobre uma cabeça que também possui movimento. Instaladas dentro de um cilindro metálico, cabeças de áudio e vídeo são movimentadas devido à rotação desse cilindro, que gira a 1.800 rotações por minuto no formato VHS e 9.600 (nove mil e seiscentas) rotações por minuto no formato DV.

Quando a tecla pause é acionada, a fita pára, mas o cilindro com as cabeças não. O que acontece a partir daí é a figura de um cilindro de metal girando sem parar sobre o mesmo ponto da fita. A camada de óxido de ferro depositada sobre a fita é aderida de maneira suficientemente forte para resistir a esta situação sem se soltar, porém não por muito tempo: o atrito do cilindro com a fita vai aos poucos causando aquecimento gradual da mesma, o que pode fazer com que partículas de óxido comecem a soltar-se. Partículas de óxido soltas podem aderir temporariamente ao cilindro, causando falhas na gravação/reprodução. Além disso, as partículas removidas da fita causarão falhas nesse ponto quando a mesma for reproduzida, fenômeno conhecido como dropout.

Para evitar estes problemas, normalmente as câmeras e VCRs possuem um mecanismo automático de proteção, que desativa a tecla pause depois de um determinado tempo (geralmente 5 minutos), colocando o equipamento no modo stop. A dica neste caso é não esperar o acionamento desse mecanismo de proteção, adiantando-se ao mesmo e evitando manter a fita em pause durante muito tempo. Se isso for necessário, liberar o pause durante alguns segundos e voltar a acioná-lo - isso fará com que outro trecho da fita, mais adiante, fique em atrito com o cilindro.