ao adquirir um estojo deste tipo, algumas perguntas básicas devem ser feitas. Qual a profundidade que se pretende atingir com o equipamento? (coloque sempre uma porcentagem a mais em relação a este valor, para proteção adicional e para prever futuras mudanças de planos). Existem estojos deste tipo fabricados pelo mesmo fabricante da câmera? Muitas empresas fabricam seus próprios estojos e em muitos casos, em modelos já próprios para modelos específicos de câmeras. A adaptação câmera+estojo neste caso é bastante facilitada. Verificar no entanto a capacidade em metros abaixo da água suportada pelo mesmo, este valor pode ser menor do que o desejado. Se a opção for por um estojo de outro fabricante, verificar se a câmera encaixa-se perfeitamente dentro do mesmo. Alguns fabricantes podem relacionar modelos e características das câmeras que podem ser utilizadas em seus estojos. Em caso de dúvida, levar a câmera à loja e efetar o teste de adaptação no local é sempre uma boa idéia.

A maior ou menor dificuldade de instalação dentro do estojo é outro item a ser avaliado. Em algumas situações isto pode não ser problema, mas se for necessário o acesso constante ao equipamento (troca de fitas por exemplo, de uma forma que não seja possível efetuar sem a remoção completa da câmera do interior do estojo, isto pode representar uma dificuldade. Além da dificuldade e tempo gasto, outro fator que ocorre como consequência deste é o local onde o estojo é aberto. Se for em um local quente e úmido, estar atento para diferenças de temperatura, para evitar problemas de condensação de vapor em seu interior.

Atentar para os controles externos. Estes controles, como foco, zoom, start, stop, pause, terão que ser acionados pela parte externa do estojo. Alguns estojos permitem mais ou menos possibilidades de controles, assim, verificar quais serão realmente os desejados. O acionamento é efetuado através de botões instalados na parte externa do estojo, que se comunicam com os controles da câmera através de dois processos: ou diretamente (processo mecânico, com alavancas articuladas) ou indiretamente (processo eletrônico, por meio de fios que saem dos botões e conectam-se a um microprocessador interno e este, após codificar os sinais os envia através de um cabo para a câmera, conectado em uma conexão especial da mesma, a conexão para receber controles externos (gravar, parar, avançar fita, etc...). Verificar qual dos dois processos atende melhor as suas necessidades mais frequentes de gravação. E, ainda, quais os botões imprescindíveis e quais os dispensáveis.

Controles do tipo alavancas devem possuir terminações externas grandes e que sejam fáceis de serem manipuladas com luvas de mergulho de neoprene. No caso do processo eletrônico, verificar se o microprocessador interno possui boa vedação contra umidade - o que pode comprometer seu funcionamento. Esta peça é essencial no funcionamento deste tipo de estojo e deve ser mantida completamente seca.

Quanto mais transparente o estojo, melhor: seus controles e indicações poderão ser melhor vistos do lado de fora. Verificar a visibilidade do viewfinder com a câmera dentro do estojo, e também se o visor LCD pode ser aberto e girado para o lado de fora, permitindo sua visualização através da parede do estojo. E lembrar que o visor LCD consome uma parcela considerável de carga da bateria.

Verificar se o vidro frontal corrige o efeito da refração da água e se, opcionalmente, possui filtros embutidos em sua construção para melhorar a saturação das cores e definição da imagem sob a água. A refração faz com que os objetos submersos pareçam ser cerca de 30% maiores do que são e estarem cerca de 25% mais próximos do que realmente estão.

Analisar a resistência (material com que é construído) do estojo: ela se adequa aos objetivos de uso propostos? O estojo possui previsão para instalação de acessórios, como iluminação subaquática?

A tampa frontal do estojo é vedada através de um anel de silicone. Existem dois tipos de anéis, os que são instalados a seco e os que devem ser lubrificados com uma graxa especial de silicone toda vez que são retirados e recolocados em local no estojo. O melhor tipo é o primeiro (seco). A graxa utilizada no segundo tipo confere aderência à superfície do anel, o que atrai partículas de areia existentes normalmente em suspensão na água. Estas partículas podem ser deslocadas inadvertidamente durante a limpeza do estojo para a parte crítica de vedação do anel e propiciar um minúsculo canal para penetração de água durante o próximo mergulho. E, como dica adicional, nunca lubrificar um anel do tipo seco com graxa de silicone, o que pode acarretar deformações no mesmo.

Finalmente, verificar o comportamento do estojo dentro da água: o estojo bóia facilmente? O ideal é que permaneça relativamente estabilizado, nem afunde nem bóie. São necessários contra-pesos? Possui local para prender baterias usadas no caso de iluminação subaquática?