ao enquadrar cenas de paisagens, a profundidade de campo pode ser realçada colocando-se ou mostrando-se elementos existentes em primeiro plano, ao mesmo tempo em que o fundo distante é enquadrado. Estes elementos de primeiro plano ajudam a dar a noção de profundidade para a cena. Um exemplo disto é a imagem de um lago visto ao longe, através de um local onde existe vegetação. Se um pedaço de um galho de árvore existente próximo à câmera for incluído no enquadramento, ainda que o mesmo apareça desfocado, será um elemento indicativo do quão distante está a câmera do lago. Se este elemento em primeiro plano não existe, a idéia da distância do ponto onde se está gravando até o lago não fica muito clara.

Estes elementos em primeiro plano provavelmente estarão desfocados - porque o foco está no lago, no exemplo acima - e este fato é positivo, porque ele não deve chamar a atenção dos assistentes da mesma forma que o elemento principal. Além disso, muitas vezes estará também sem definição, aparecendo em silhueta, se estiver na sombra e o assunto principal no Sol, fato este que também contribui para diminuir a atenção sobre o mesmo. Por outro lado, nada impede de que a composição ganhe um toque artístico, ao se trabalhar a forma deste elemento em primeiro plano. Assim, um galho com folhas 'funciona' melhor como moldura da cena do que um galho seco sem folhas, a não ser, claro, que este tipo de vegetação faça parte do local e seja importante mostrar isso - caatinga por exemplo.

Por outro lado, também é possível manter a idéia de profundidade expondo corretamente (foco e luz) os elementos em primeiro plano. Neste caso, um exemplo seria abaixar a câmera para enquadrar parte das folhas finas e compridas do mato existente no solo, mostrando, por entre elas, a imagem do lago ao fundo desfocado. Assim, a dica básica é de que se for desejado realçar a profundidade da cena, qualquer objeto existente perto da câmera, se incluído na imagem, realçará este fato.