uma situação comum é deparar-se com uma magnífica visão obtida após chegar-se no alto de uma montanha. A paisagem mostra ao longe outras montanhas, detalhes da formação das nuvens no céu, da vegetação, etc... Embora aos nossos olhos tudo isso seja perceptível, quando se olha uma foto tirada do local percebe-se que o impacto não é o mesmo. Isto porque a cena observada, em três dimensões, perde uma delas ao ser transformada em foto: uma foto tem sempre duas dimensões.

O mesmo acontece em vídeo. Porém, aqui, a situação é agravada devido a uma característica própria desse meio: a baixa resolução. Comparando-se com uma fotografia, a imagem reproduzida no aparelho de TV, com suas meras 240 linhas de resolução perde detalhes e nuances que diminuem ainda mais o impacto da cena gravada. Para que a resolução e a sensação próxima à realidade fosse mantida, seria necessária a captação utilizando uma câmera com alta resolução e também que a mesma fosse mantida durante todo o processo, até o momento da exibição - processo HDTV por exemplo.

Se este não é o caso, a dica é gravar sim a cena toda utilizando a posição grande-angular das lentes, porém não se limitar a este registro, que aliás não necessita ser muito longo. Utilizando posições intermediárias até a tele objetiva é possível revelar uma quantidade grande de detalhes que de outro modo permaneceriam escondidos na imagem com pouca definição do ajuste grande-angular.