tradicionalmente um corte seco (corte simples, sem utilizar efeitos de transições, como dissolve por exemplo) no qual ocorre um salto na imagem (efeito conhecido como 'jump cut' é considerado um erro de edição. Um exemplo simples é subtrair alguns segundos de um trecho da gravação de alguém falando para a câmera. Haverá um salto abrupto da posição da pessoa de uma imagem para outra (a cabeça moveu-se durante os segundos suprimidos por exemplo). Outros elementos ao fundo também podem ter mudado de posição. A mesma situação também aplica-se em muitos outros exemplos: um carro passando na rua, uma pessoa caminhando na calçada, etc... Existem no entanto alguns truques, que na verdade distraem a atenção dos assistentes, fazendo com que eles 'esqueçam' como era exatamente a cena A, dificultando assim sua comparação com a cena B. Um desses truques é usar o recurso do 'cutaway' , que insere durante breves segundos uma imagem entre as cenas A e B: um close das mãos da pessoa que fala por exemplo, um close do emblema do carro em movimento visto de frente ou dos sapatos da pessoa caminhado pela calçada. Outro truque envolve a etapa de gravação, já prevendo-se este ajuste. Trata-se de variar o ângulo em que a pessoa é enquadrada na cena B, após a mesma ter feito uma pausa em seu discurso. Ou manter o enquadramento mas mover ligeiramente a alavanca do zoom aproximando a imagem, durante essa breve pausa da pessoa. O reenquadramento ou o movimento do zoom serão cortados na edição e o resultado não parecerá um 'jump cut' devido à sua amplitude maior. Esta é outra característica do 'jump cut' : o salto na posição das imagens é pequeno, mas perceptível. Já um salto maior (como no exemplo do zoom acima) transmite a idéia de algo proposital, um rearranjo de posição ou enquadramento, não um erro. Esta é uma regra clássica, tradicional (evitar o 'jump cut') que no entanto é quebrada (e não considerada erro) na criação de efeitos em determinados tipos de filmes / vídeos, como videoclipes e comerciais por exemplo.