Ao longo das últimas décadas, o suporte para registro das imagens, tanto estáticas como em movimento, tem variado bastante. Os primeiros negativos fotográficos em chapas de vidro deram lugar a materiais como o acetato e o celulóide. A película cinematográfica passou também pelo acetato e pelo celulóide, até chegar aos compostos plásticos atuais, muito mais finos, flexíveis e resistentes.

O chamado videotape, nascido como uma fita plástica marrom larga (2 polegadas ou pouco mais de 5 cm ! ), foi encolhendo em largura e comprimento com o passar do tempo. Na largura, com o uso de bitolas cada vez mais estreitas, como 1 pol, 3/4 pol, 1/2 pol, 1/3 pol e 1/4 pol (como no Mini-DV). E no comprimento, armazenando um volume cada vez maior no mesmo espaço de fita.

Surge então o mundo digital, onde imagens se transformam em dados e dados são armazenados em fitas, disketes e discos ópticos. Dos disketes de 8 pol criados pela IBM, que podiam armazenar até 250 Kb, aos de 5,25 pol (Shugart), com 1,2 Mb e 3,5 pol (Sony), com 1,4 Mb, o tamanho tornou-se cada vez menor e a densidade de gravação cada vez maior. CDs armazenam centenas de Mb e DVDs, dados na casa dos Gb.

Em 2002 a Hitachi iniciava no segmento consumidor a comercialização de uma câmera utilizando um DVD-RAM de 8 cm, a DZ-MV100A. Hoje em dia, várias câmeras profissionais voltadas para ENG (Electronic News Gathering) já utilizam estes pequenos discos. E para onde aponta o futuro?

Enquanto Hollywood grava já alguma parte de sua produção diretamente em potentes discos rígidos (HDs) de servidores - tecnologia aliás, guardadas as proporções devidas, disponível a nós, 'pobres mortais', com HDs portáteis como o FireStore FS-3 - o futuro não possui partes móveis: são os chips de memória.

Cada vez mais potentes, tem seu preço reduzido dia após dia. Assim, não está longe - nem um pouco - o dia em que todas as câmeras de vídeo não estarão usando nem fitas nem discos e sim cartuchos com chips de memória, tecnologia já em uso hoje em alguns equipamentos profissionais. Essa mudança será acompanhada nos segmentos consumidor e semi-profissional pelo barateamento do equipamento, livre do sofisticado mecanismo que controla as fitas e os discos. E ainda, trará câmeras menos sensíveis à poeira, calor e campos magnéticos. Restará então saber o que virá depois dos chips de memória...